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Tipos de mascaras de protecção e as suas funções

Máscaras diferentes, funções diferentes

As máscaras cirúrgicas servem essencialmente para evitar que um doente contamine outras pessoas através da tosse e espirros.
No entanto, existem outras máscaras — que são, na verdade, respiradores — que oferecem proteção bidirecional. É aqui que se incluem as famosas FFP2 e FFP3 (no padrão europeu) e N95 (no padrão norte-americano) 
Como explica o centro norte-americano para a prevenção e controlo de doenças, existem diferenças assinaláveis entre as máscaras cirúrgicas e os respiradores.
Enquanto a máscara cirúrgica fica larga na cara e não filtra qualquer tipo de partícula (apenas impede gotículas de saírem), estes respiradores, equipados com filtros específicos, são capazes de filtrar partículas minúsculas, impedindo-as de entrar, ao mesmo tempo que se ajustam à cara do utilizador de forma a praticamente evitar qualquer entrada ou saída de ar não filtrado.
Consoante as características do filtro, o respirador pode conseguir filtrar um número maior ou maior de partículas. Enquanto a máscara FFP2 consegue filtrar até cerca de 95% das partículas transportadas através do ar, a FFP3 filtra cerca de 99%, sendo considerada a mais eficaz.
Porém, devido às especificidades técnicas da máscara, estas são muito mais caras do que as simples máscaras de papel — e devem ser reservadas, essencialmente, para os profissionais de saúde.
“As máscaras cirúrgicas têm a função de impedir a projeção de gotículas por parte de quem usa. Outras máscaras diferentes têm funções diferentes, como as FFP2 ou outras. Mas essas são para quem presta cuidados aos doentes“, explicou ao Observador o epidemiologista e presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia.
Apesar de compreender que uma pessoa que tenha necessidade de se deslocar — usando os transportes públicos, por exemplo — tenha vontade de recorrer a uma máscara cirúrgica para se proteger de uma potencial infeção, Ricardo Mexia é perentório: “Uma máscara cirúrgica não é particularmente eficaz para essa função“.
“Na Europa, as instituições não preconizam que se use máscara, a não ser em casos de suspeita de infeção ou de contacto com pessoas suspeitas de estarem infetadas”, destaca Ricardo Mexia.
O infecciologista Jaime Nina, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, admite, contudo, que a máscara cirúrgica possa oferecer um certo nível de proteção em contextos muito específicos.
 Faz sentido uma pessoa usar uma máscara cirúrgica para se proteger durante um período limitado em que tenha de estar dentro de um ambiente fechado em que haja um risco mensurável de contaminação,  como exemplo de situações o uso de transportes públicos em zonas onde haja historial de transmissão comunitária do vírus ou uma reunião com pessoas que tenham alguma suspeita de estarem infetadas.

Fonte: https://observador.pt/

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