O grão de pólen é a célula masculina necessária para a propagação da semente das plantas. Pode ser transportado por um insecto ou pelo vento para polinizar (fertilizar) outra planta. São partículas de tamanho muito reduzido, como se fosse um pó, geralmente invisíveis a olho nu.
Apesar da imensa variedade de vegetais existente, apenas cerca de 10% das espécies existentes são responsáveis por causar alergia. Ao contrário do que se possa pensar, os grãos de pólen das espécies que têm flores e folhas vistosas, como as rosas, os crisântemos e outras, são os que menos causam problemas alérgicos. Isto porque são pesados, grandes, quase só transportáveis por insectos, como a abelha.
Os grandes responsáveis pelas alergias são das espécies das gramíneas, ervas daninhas e árvores, as quais obedecem a determinadas características: produzem enormes quantidades de grãos de pólen leves, que permanecem suspensos no ar, facilitando o seu transporte pelo vento, e suficientemente pequenos para poderem penetrar no nosso aparelho respiratório.
O transporte dos pólenes pode fazer-se até grandes distâncias, como 100 Km, mas habitualmente, a maioria provem de plantas que estão situadas até 1 Km do local em que se encontra o doente.
As condições meteorológicas são um factor que influencia muito a intensidade e duração da polinização.
Nos dias quentes com sol e vento há maior quantidade, ou seja são dias piores para o doente alérgico. Nos dias com chuva,diminui de forma considerável as concentrações de pólen, não só pela precipitação em si (os pólenes são arrastados para o chão) mas também pelo menor número de horas de sol, havendo menor quantidade, sendo um clima melhor para o doente.
Ao longo do dia, os pólenes produzidos pelas plantas e árvores são levados para a atmosfera pelas correntes de ar quente e, portanto, as contagens polínicas sobem atingindo um valor máximo próximo do meio-dia ou princípio da tarde. Quando o ar começa a arrefecer, os grãos de pólen descem para o chão. Daí que, para os doentes alérgicos, o início da manhã e o fim da tarde/noite sejam as melhores horas do dia para andarem ao ar livre.
Através de aparelhos e técnicas apropriados é possível fazer contagens de pólenes ao longo do ano e com periodicidade variável, que permitem elaborar calendários polínicos. Em Portugal, já foram elaborados calendários polínicos em várias regiões e as espécies mais vulgarmente implicadas são as gramíneas ("ervas rasteiras", a que pertencem os fenos e os cereais), as ervas daninhas (parietária e plantago) e, numa pequena percentagem dos doentes, as árvores (oliveira, plátano, bétula, cipreste, etc.).
Sabendo a que tipo de pólenes é alérgico, antes de ir passear ou simplesmente para se prevenir, pode consultar o site Rede Portuguesa de Aerobiologia . Lá encontra informação actualizada e específica sobre cada tipo de pólen, em cada região de Portugal, num determinado período de tempo.
Entretanto, deixámos algumas dicas para os alérgicos a pólenes:
1. Evite:
- Cortar relva;
- Andar de motorizada, mas se tiver de o fazer deve-se proteger os olhos, a boca e o nariz;
- Dormir com as janelas abertas;
- Caminhar em grandes espaços relvados;
- Sair de casa em dias com vento forte e/ou quente e seco;
- Secar a roupa ao ar livre (pode trazer pólens agarrados);
- Longe do campo e montanha;
- Não fazer campismo nem piqueniques;
- Evitar caçar ou pescar;
- Preferir férias na praia, onde a brisa marítima mantém o ar mais livre de pólenes, ou escolher um local onde sabe não haver predomínio dos pólenes a que é sensível (consultar o boletim polínico no site indicado em cima);
3. Não esquecer de...
- Manter as janelas de casa fechadas, pelo menos nos dias piores (atmosfera cheia de pólenes);
- Ao viajar de carro ou de comboio, manter sempre as janelas fechadas;
- Se puder, deve ter o carro equipado com sistema de ventilação equipado com filtros para pólenes;
- Usar óculos "escuros" (com 100% de filtração das radiações ultravioletas), quando andar na rua ou de carro;
- Mudar de roupa ao chegar a casa se esteve ao ar livre num dia suspeito de haver grande densidade polínica.
Fontes:
http://alergia.leti.com/pt/p%C3%B3lenes_1843
http://farmaceutico.planetaclix.pt/alergia.html
www.rpaerobiologia.com
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